domingo, 21 de dezembro de 2008

Retalhos...

São 8.14.AM, estou em frente ao computador que até se assustou ao ver-me aqui a esta hora.

Principalmente porque ele sabe que eu me deitei á duas miseráveis horas atrás, depois de uma jantarada “homérica”.

A verdade é que não fiz a digestão e acordei mal disposto, a precisar de uma bebida com gás. A única bebida que satisfazia esses pressupostos, era uma “prima” das águas minerais chamada “Super Bock”. Contra os meus princípios “religiosos” que normalmente me impedem de ingerir bebidas alcoólicas antes do almoço, bebi duas de enfiada para ver se me sentia melhor. Não teria sido mais eficaz se tivesse bebido duas “Perrier”. Agora estou muito mais “bem disposto”, com a vantagem de estar com vontade de escrever. (Não acredito que a “Perrier” tivesse o mesmo efeito).

Veio-me á memória uma cena que se passou mais ou menos a esta hora, depois de uma noite mais ou menos assim que vale a pena partilhar.

Ano da graça de 1989 (algures na transição entre o Jurássico e o Cretássio).

Depois de uma noite complicadíssima, resolvemos ir dormir ao meu paraíso, que já agora, era e é ainda hoje a Aldeia do Meco, e ficar para o Fim de semana. Quem? Eu, Carlos (personagem recorrente na minha vida, aqui a fazer a sua estreia nas lides), a minha querida esposa na altura, e Inês.

Inês era na altura a namorada de Carlos. Foi depois a sua esposa até ao princípio deste século. É hoje uma boa amiga, que muito estimo, e que sei que se vai reconhecer e sorrir ao ler este post. É uma das duas pessoas, das minhas relações, que sabem da existência. Do meu Blog. Adiante:

Chegámos á aldeia de madrugada e montámos a tenda num pinhal próximo. A tenda era uma “canadiana” para duas pessoas que ficou assim um bocado em “Hora de ponta”.

A expressão é tudo menos inocente porque, embora tenhamos feito as coisas respeitavelmente, colocando as senhoras ao meio, a certa altura já Inês começava a sentir demasiadas mãos a percorrerem-lhe o corpo.

Já tinham havido várias ameaças e Carlos já tinha manifestado de vontade de uma “confraternização” pelo que não foi grande surpresa. Acabámos por “desfalecer” já quase de manhã.

Quem já dormiu numa tenda sabe que não se dorme muito a partir do momento em que o Sol lhe dá, principalmente com o estômago ás voltas. Acordei e reparei que Carlos e Inês já não estavam lá. Saí para ir fumar um cigarro.

Já cá fora, comecei a ouvir ruídos característicos do são convívio entre as pessoas, com uma nuance. O volume denotava um convívio muitíssimo são. Dirigi-me para a zona dando ares de quem não se aperceebeu. O ruído parou, reparei neles entre a erva alta a olharem para mim. Carlos chamou-me com a mão. Eu nessas situações sou muito obediente.

Continua…

2 comentários:

Ricardo disse...

Excelentes relatos!

Abraço

DoisaboresEle disse...

Deve ter sido uma aventura cansativa...lol
Beijos